terça-feira, 30 de novembro de 2010

Três aniversariantes e um jantar!

O jantar aconteceu em Julho.

Apesar de não ser notícia recente, quis publicar o relato para homenagear as amigas Cyntia Miti (centro da foto) e Claudia Rumi (à direita da foto) que são blogueiras de mão cheia, não deixe de acessar http://chacomarroz.blogspot.com.


Faço uma pequena apresentação de meus amigos na foto abaixo. Da esquerda para à direita, minha esposa Patricia, eu metido à Chef, Lisun (amigo de infância e grande apreciador de vinhos, já mencionado noutro post sobre a Paella), e sua esposa Cyntia (colaboradora do blog Chá com arroz), a mãe dela Dona Lena, atrás está o Vitor Maeda (outro amigo de longa data) e sua esposa Claudia (a blogueira do Chá com arroz).


Aproveitamos as férias do Lisun e familia aqui no Brasil e nos reunimos para matar saudades, comer, beber e cortar o bolo para Amanda (filha do Lisun e Cyntia), Claudia e eu.

Foi uma oportunidade para colocar em prática todo meu aprendizado adquirido através de leituras de revistas e livros de receitas (risos), fiz um menu individual e o charme da decoração ficou por conta da minha esposa Patricia. Decoração de mesa não é coisa para macho como eu, sou de cozinha, rs.


A companhia dos amigos propiciaram este momento ímpar, foi um jantar inesquecível ! Segue abaixo a sequência do menu com as fotos.

Iniciei o menu com Micrumicui de atum sob carpaccio de pupunha com molho asiático.


Em seguida a entrada de Ragu de linguiça com polenta mole.


E como primeiro prato principal, Torre de bacalhau gratinado (a receita encontra-se disponível no blog http://chacomarroz.blogspot.com)


E como segundo prato principal, Ossobuco de vitelo com polenta ao queijo pecorino


Para a sobremesa, a Cyntia e Claudia trouxeram o que há de melhor de patisserie da cidade, bolo Mil folhas do Hotel Sofitel.





Carinho e dedicação à população mais carente !

No último dia 23 tive a oportunidade de conhecer o trabalho realizado pelo ICC, Instituto Criança Cidadã, que fez 11 anos e presidido pelo nosso amigo Joel Stucchi. O Instituto mantém atualmente 9 creches e 3 circos escola, 1 Casa de Cultura e 2 Casas da Solidariedade que juntos atendem cerca de 1750 crianças de 0 a 6 anos, 2750 adolecentes de 12 a 17 anos e 1000 senhoras de população carente. Para manter esta grande operação, o ICC conta com o apoio da PMSP, Cesp, Sabesp e de uma equipe de quase 470 funcionários.

Visitei a Circo Escola Águia de Haia na zona leste, lá me impressionei com a infraestrutura das aulas de circo e das diversas oficinas de Artesanato, Culinária, Corte & Costura, Dança, Capoeira e outras, em atendimento a adolecentes e senhoras de diversos bairros. Esta Circo Escola já formou talentos que hoje estão atuando no mercado e até mesmo pelo mundo como é o caso de gêmeas circenses que se apresentam em diversos países.

Em seguida visitei a Creche Educadora Nanci Ribeiro da Silva, também na Zona Leste já pertinho da Rodovia Ayrton Senna. Esta creche atende cerca de 180 crianças em período integral, a criança é deixada as 7h e é devolvida aos pais as 17h. Constatei que a infraestrutura e o método cognitivo desta creche é de fazer inveja a muitas creches particulares, podem acreditar !

Mas sabe aonde está o grande segredo do sucesso do ICC ? Nos profissionais que nele trabalham ! Pessoas que além de fazer o seu trabalho, se doam de coração, e tive o grande prazer de conhecer algumas delas, a Lúcia (diretora da Águia de Haia), o Mike (assistente administrativo e educador de Informática), o Renault (Educador Social), a  Kátia  (diretora da Creche Educadora Nanci Ribeiro da Silva ) e educadores, todos me recebram muito bem e o cuidado minucioso em explicar todo o trabalho desenvolvido nas unidades.

Fico feliz em saber que apesar do Estado fazer muito pouco, há pessoas com iniciativas que fazem muito !

Parabéns a toda equipe do ICC !

Oficina de Artes

Aulas para crianças de até 4 anos

Oficina de Circo

Aula de Capoeira

Oficina de Costura

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Assim como a primeira Maratona, também teve a primeira Paella !

Definitivamente fazer uma Paella é bem mais fácil que correr uma Maratona, e isso foi há quase 6 anos.

O meu interesse por culinária despertou-se no início dos anos 80, quando eu e meu amigo Lisun fazíamos “bico” em finais de semana como garçons no Restaurante KINKON para reforçar a mesada. Lá tive contatos com ingredientes, tempêros, aromas e alquimias das mãos dos chefes, mas o interesse ficou adormecido por quase 30 anos.

Em 2004, passando férias com a familia na praia de Bombinhas (SC), assisti um programa de televisão onde o chef preparava uma Paella, e novamente aquele interesse se despertou, pensei comigo, como é fácil ! Não foi bem assim, foi difícil. Fiz de alguns amigos meus, minhas “cobaias” para a experiência, na ocasião o azarado era meu amigo Douglas, o mesmo de tão sincero que me disse, a Paella só tem conchas e é duro pra chuchu, é de comer ? Rimos muito. Nem por isso perdemos a amizade, hoje somos como irmãos e até acho que aprendeu a gostar do que eu faço. Outro episódio engraçado foi em 2006 quando reunimos aproximadamente 22 Loucorredores (nosso grupo de corredores) famintos, no início teve uma certa desconfiança, meu grande amigo “Xile”, o Cristian Vega, perguntou se tinha “merrilhone” (mexilhões) na minha Paella, e no final foi necessário fazer 3.

Depois de 6 anos, e muitas Paellas no curriculum, muitas cobaias e dentes quebrados, posso dizer que hoje agrada a todos, pelo menos é o que os amigos dizem.







terça-feira, 23 de novembro de 2010

Buenos Aires, minha primeira Maratona !

Não tem como esquecer a primeira Maratona!
A primeira Maratona é como aquela propaganda de quase 30 anos atrás do garotinho espiando pela janela uma menina se olhando no espelho usando a primeira Valisére, A GENTE NUNCA ESQUECE !!

Máquina de correr ou de pensar ?
É impressionante como os pensamentos se misturavam durante todo o percurso, ora remetidos ao passado da minha infância em Taiwan e depois no Brasil, ora eram os bônus e ônus do trabalho, ora eram os filhos, a familia e os amigos,  mas quase sempre as estratégias em como finalizar bem a prova e no tempo desejado.  

Momentos de emoções
Em 2 momentos me emocionei muito, no quilômetro 15 ao ver um atleta correr até a torcida para abraçar e beijar a esposa e no quilometro 32 chorei por agradecer a Deus de estar lá com saúde e vencendo as dificuldades, neste momento em especial a gente também lembra muito da esposa e dos pais, o quanto meu pai e minha mãe (que já está ao lado Dele) se orgulhariam de mim  mesmo que pudessem achar que é prejudicial correr tanto.

O desejo, o sonho e a realização
No ínicio dos treinos em Julho desejei finalizar abaixo de 4’30”, mas passei a sonhar em menos de 4h no último mês de treino, porém não foi possível realizá-lo.

Será que foi falta de treino ou erro de estratégia ? Corri os primeiros 10K em 1 hora (média de 6’ X 1K), com sobra de fôlego e nenhuma dor, então arrisquei “encaixar” a velocidade para finalizar a prova em 3’55” e mantive os próximos 26 Km na média de 5’22”/Km quando começaram as dores.

Os ajustes de velocidade eram necessários durante o percurso, mas nos últimos 6 quilometros já eram ineficientes pois a musculatura das pernas não respondia aos estimulos cerebrais. Morte cerebral ? Não ! Era mesmo a fadiga muscular, nem a terceira cápusla de Advil engolida às mordidas (achando que faria efeito mais rápido e eficiente) amenizou as dores, ao menos me desviou a atenção para o problema de queimação deixada na boca e garganta pela minha burrice, bem que a Gisele tinha me avisado em não morder a cápsula.

A partir dos 36Km acho que a história já é conhecida, o declínio era total e a média de 5’22” foi substituida por 5’58”, nestes últimos 6 Km eu parei 4 vezes e em todos postos de água e Gatorade para alongar. Finalizei a prova em 4’01”28 !

O treino foi fundamental para o conforto e a recuperação após a prova, na tarde de domingo e na segunda feira ainda tive disposição em “bater” pernas para as compras, não posso esquecer também do santo “Advil”, sachês de sal e hidratações (fiz todas no percurso).

Hoje posso me orgulhar em afirmar com todas letras, fiz uma Maratona ! Mas e quanto as próximas ? Não sei ainda, mas na viagem já discutimos sobre algumas possibilidades. 

Agradecimentos
Agradeço ao meu treinador José Luis Marques que pacientemente me orientou e dirigiu os treinos, ao Cristian e Domingos que foram ótimas companhias na viagem. Quero dedicar a prova a meus pais que mesmo com dificuldades de idioma e financeira conseguiram me formar, meus filhos pelos carinhos dos sorrisos, amigos inseparáveis e principalmente a minha amada esposa Patrícia que durante alguns meses teve que aguentar meus treinos, mais que isso, foram 17 anos de união, muito amor, carinho e companheirismo, aniversário feito no dia antes da Maratona, dia 9 de Outubro.

O que deixou a desejar
A infraestrutura de apoio estava perfeita mas a dispersão e a medalha deixaram a desejar, vide foto abaixo da medalhinha.

Um grande beijo a todos Loucorredores que me inspiraram nesta experiência e parabéns àqueles que já tiveram o gostinho de finalizar os 42.195 metros pois não é uma prova fácil, sem mencionar a dedicação total aos treinos. Parabéns a você Cristian pela persistência e 7ª Maratona, e você Domingos por voar em 3’14” !